domingo, 1 de novembro de 2015

Pra ti as mías pequenas andolías.

Mil e un mortos.
Mil e un mortos.
Mil e un mortos!
Nos mares
                nas terras
                               nas noites.

E nin úa sola mao
que sosteña
os fusiles
             os cuitellos
                             a morte
dos que matan os soños,
dos que matan os futuros,
dos que devecen
por arrancarche,
pequena,
as túas pequenas maos da inocencia.


Alegres
          combativas
                           vivaces andolías
non deixedes que arramplen,
asasinos,
os eiros.
Os eiros nos que hei semar
as anadas dos meus pequenos.

Alegres
          combativas
                           mortales andolías
andade!
traédeme llixeiras el cuitello,
andade!
pra rabuar os pescozos 
dos que se alimentan
das barrigas dos meus neníos.

Pequena,
dorme tranquila,
hei cortar eu por ti
todas as gorxas voraces.
Que naide te manque!
Dorme.
Dorme tranquila,
pequena.
Soña coas andolías.

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