Al tempo que Novas da Galiza
m'invitóu a escribir un articulín sobre el Eo-Navia tamén invitóu a outra persona, neste caso Carlos Varela, da Real Academia Galega. Como puxen el meu creo que tamén é búa idea puer el artículo de Varela. Aparece en normativa reintegracionista.
A língua galega no Eu-Navia fala-se
em dezaoito concelhos, com umha
poboaçom galegofalante que poderia
ser dumhas 30.000 pessoas, às quais
se somam as emigradas, especialmente
na área central asturiana, que ainda mantenhem
o galego como língua materna. A
despovoaçom da comarca, a falta dum núcleo
de articulaçom económico e cultural,
a profunda castelanizaçom dos mais novos,
a falta de protecçom legal e sensibilidade
por parte do governo do Principado
e a forte e demencial campanha de atrancos
da Academia da Llingua Asturiana
(ALLA) e os seus adláteres (Xeira, Rapalacois,
etc.) unido aos grupos mais reaccionários
do asturianismo cultural e político,
fam muitas vezes perigar os poucos avanços
para a protecçom da língua.
A tutela alegal que posui a ALLA com
umha Secretaria fantasma, regida por um
nom galegofalante -caso único na Europae
organizadora cada ano duns cursinhos
de galego das Astúrias sem nenhuma preparaçom,
ao que se acrescenta a falta de
escolarizaçom nos colégios e institutos da
matéria, mesmo dando-se casos tam flagrantes
como leccionar-se língua asturiana
nas escolas galegofalantes de Luinha e
Verducedo. A falta duns meios próprios,
onde existe umha clara transculturizaçom
da TPA e um desleixo completo por parte
da TVG e do governo de Feijóo.
A tentativa dumha determinada recuperaçom
da toponimia tradicional galega, por
umha Junta Assessora, com um processo
totalmente atípico e acientífico, baseada
muitas vezes em castelanismos, vulgarismos
e asturianismos lingüísticos, seguindo
teorias como a do filólogo Balbuena.
Cabe mencionar ainda a culpabilidade
dos meios de comunicaçom, se falamos da
transculturizaçom da TPA, os jornais apresentam
campanhas difamadoras contínuas
como as feitas por “La Nueva España”, beirando
a xenofobia. Junta-se a pouca sensibilidade
dos jornais galegos e da TVG para
utilizarem a toponimia tradicional da comarca
e algum deles mesmo em ser abertamente
contrário ao galego das Astúrias
como o “Faro de Vigo”, dirigido polo asturiano
Isidoro Nicieza.
Na parte asturiana, certos sectores -a
maioria nucleados arredor da ALLA- som
abertamente antigalegos, inventando mesmo
a ideia dumha língua independente ou
de transiçom ou mesmo desde os sectores
máis radicais dizendo que se trata dumha
variante do asturiano. Os estudos científicos,
especialmente os de Dámaso Alonso,
concluem que é galego o que se fala desde
o Eu ao Frexulfe, e desde o Ranhadoiro à
linha com a Fonsagrada. Nesta linha há
anos xurdiu a Mesa de Defensa do Galego
de Asturias (MDGA) e o que hoje em dia
recolhe o ideário da Associaçom Cultural
Abertal, que já editou um Relatório Lingüístico
afirmando a tese da língua galega
no Eu-Navia, fronte à ideia hipócrita de somar
língua e identidade que propóm a ALLA
sem qualquer consistência cientifica.
Na parte galega, os passos dados som
mui escassos. A falta de estudos sobre a
comarca é mui ampla, com a ressalva do
apoio da Área de Normalizaçom Lingüística
da Universidade de Vigo, da Concelharia
da Cultura do Concelho da Corunha
e doutras associaçons (AGAL, Centros
Sociais, O Facho, etc.), a pouca implicaçom
da RAG e do Consello da Cultura
Galega, e às vezes umha estratégia errada
de sectores reintegracionistas que por desconhecemento
mesmo servem ás estratégias
antigalegas numha suposta liberdade
de confusom normativa, onde a río revolto
alguns asturianistas defendem que a língua
do Eu-Navia forma parte do toro galego-
português mas nunca avançando cara
a esse eixo, senom asturianizando linguisticamente
o galego das Astúrias. Soma-se
o lamentável apoio de certos grupos nacionalistas
e independentistas galegos a
grupúsculos asturianistas negadores da
existência do galego nas Astúrias, baseando-
se nun internacionalismo mal interpretado.
Tambén o mundo da música nom é
alheio, querendo eliminar a existência da
gaita galega, e o apoio de certos grupos e
músicos galegos, como Quempallou ou
Bieito Romero, a posturas negacionistas.
A soluçom decorreria da assunçom por
parte do asturianismo cultural da existência
do galego, cun claro benefício para todas
as partes e a conseguinte unidade mediante
um acordo amplo para frear a castelanizaçom
e a falta de sensibilidade dos
governos. Haveria que unir a criaçom
dumha estratégia conjunta para salvar a
língua da súa desprotecçom coa conseguinte
cooficilidade e a necesidade urxente
de estudos lingüísticos, etnográficos,
culturais, etc. para evitar a sua perda, um
apoio claro e decidido á gente e ás asociaçons
que defenden o galego, a necessidade
de correspondentes da TVG na comarca,
a geralizaçom do ensino do galego em
todos os centros educativos, etc.
Carlos Varela Aenlle é membro
da Real Academia Galega